domingo, 7 de novembro de 2010

"Aonde quer que eu va"

Aonde quer que eu vá...
Espectro a me vigiar
Sombra a me seguir
Onde quer que eu vá
Não consigo sequer
Desvencilhar o meu
O seu mundo, fantasia.
Tudo em seu controle
O vazio, o fracasso.
De apenas ser
A luta cessou
Entreguei minhas armas
Incessantemente cansada
Amar não quero
Isso nunca foi pra mim
Não posso respirar
Esta é a última vez
Que escrevo a ti
Numa tentativa, talvez.
De tudo mudar
Mas as escolhas
Não me pertencem
Presencio a glória
Em outras mãos
O encantamento é todo dela
A mim, nada sobrou.
Nada além dessa penumbra
A colorir minha vida
Você se foi
E eu fiquei não por opção.
Não por verdadeiramente querer
Por não ter forças
Por me fazer acreditar
Que não sou merecedora
De nada

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